Thursday, March 14, 2013

Tia Conceição



Tia Conceição
Maria da Conceição de Jesus Ribeiro era seu nome. Nascida dia 12 de dezembro de 1949, em Cairú,  tia Conceição era cheia de graça e adorava ajudar ao próximo. Segundo minha mãe, tia Conceição desde pequena gostava de compartilhar tudo que tinha. Ela adorava crianças, seu hobbies era tomar conta de crianças, Mas por ironia da vida, ela não podia ter filhos, tia Conceição era estéril.
Ainda jovem, tia Conceição morou na cidade do Rio de Janeiro por cerca de 3 anos, onde se filiou a uma religião budista. Minha mãe fala, que era muito engraçado ouvi – lá orando todos os dias para um espirito que ela não conhecia. Não sou contra nenhuma religião mas tinha que falar este ponto pois foi algo enfatizado por minha mãe em nossa conversa sobre nossos ancestrais.
Ao retornar para a Bahia, tia Conceição se casou com um homem apelidado Gordo. Minha mãe não sabia o nome dele pois desde quando ela o conheceu sempre o chamou de Gordo. Enquanto casada, seu marido impôs que ela não podia usar calcas, ou deixar seu cabelo ser cortado. Por isso, durante os próximos 15 anos de sua vida, tia Conceição não sabia o que usar uma calca, ou deixar seu cabelo ser cortado. Eu acredito que isso e por causa  de uma religião muito conhecida no Brasil; Congregação Crista do Brasil, onde as mulheres desta religião não são permitidas cortas os cabelos que Segundo eles e como seu véu perante Deus. Elas também não são permitidas  usar calcas mas a razão para isto e desconhecida para mim.
No ano de 1986, o marido de tia Conceição, conhecido como Gordo, veio a falecer com problemas de coração. Daquela época em diante, tia Conceição nunca mais desejou casar- se. Ela cortou seus cabelos, começou a usar calcas novamente e retornou ao culta na religião Católica. Tia Conceição fazer com problemas de diabetes no dia 13 de fevereiro de 2006 e se tornou um membro da igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos dias no meus de junho de 2007.
Com o desejo de servir ao próximo, tia Conceição morou em minha casa por mais de 20 anos, desde a época em que ela se tornou viúva ate o dia da sua morte. Ela era Irma da minha mãe, mas muito mais  que isso ela era a melhor amiga da minha mãe. O dia da sua morte foi algo muito doloroso para toda a família, eu não perdi somente uma tia, mas sim uma segunda mãe que cuidou de mim nos momentos em que eu precisei. A historia e vida dessa senhora marcou e marca a vida da minha família profundamente. 

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